A tragédia que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro na última semana não trouxe à tona apenas a fragilidade da arquitetura, ocupação indevida e falta de prevenção por parte dos governantes. Nas atividades de resgate, três bombeiros morreram soterrados em Nova Friburgo, como informa a notícia abaixo:
Os bombeiros infelizmente somaram-se às mais de 600 vítimas dos deslizamentos e enchentes, mas ao contrários dos moradores da região, eles estavam trabalhando no local e foram vítimas de acidente de trabalho.
Desastres naturais são inevitáveis e de difícil previsão. Problemas com enchentes, inundações e desmoronamentos se repetem todos os anos em várias regiões do Brasil. Também ocorre incidência de incêndios em períodos de baixa umidade relativa do ar. O principal problema não é a ocorrência do desastre em si, mas a falta de investimentos em prevenção.
Programas de conscientização e preparo de comunidades que vivem em zonas de riscos para instruí-las sobre diversas maneiras de identificar o problema e alertar a autoridade responsável. No caso de desmoronamentos, os moradores podem observar se existem rachaduras nas casas, árvores ou postes inclinados. Outra medida é evitar plantações de bananeiras nos morros, pois estas tendem a afunilar a água causando problemas de lixiviação do solo.
Faltam também investimentos em mão de obra especializada em segurança e desastres naturais para fiscalizar e orientar as populações de áreas de risco. Várias medidas prevencionistas que deveriam ser tomadas e custariam alguns milhões de reais são deixadas de lado. Resultado: gasta-se mais de 2 bilhões por ano com reparos dos danos causados por esses acontecimentos.
Alexandre M. Pacheco - Engenheiro
Fonte: www.globo.com
www. folha.uol.com.br
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