
Profissionais do trânsito estão também mais expostos a dores osteomusculares, principalmente os que atuam em turno irregular ou noturno. As principais queixas são de dores na coluna lombar e dorsal, pescoço, ombros e joelhos, segundo uma pesquisa da FSP (Faculdade de Saúde Pública) da USP (Universidade de São Paulo) realizada em 2007 com 470 caminhoneiros de uma transportadora do interior paulista. Cerca de 53,5% relataram terem sido acometidos por dor em alguma parte do corpo, sendo que, do total de entrevistados, 6,1% ficaram impedidos de trabalhar em decorrência de dores e 10,5% procurou ajuda de algum profissional da saúde.
Tratamento adequado
Mais de 28% dos entrevistados afirmou trabalhar mais de 10 horas por dia, uma rotina intensa e estressante que requer ainda mais cuidados com a saúde. Ainda assim, muitos motoristas ao identificarem problemas de sonolência ou dores, não procuram atendimento médico ou decidem se automedicar, postergando o diagnóstico e podendo causar o agravamento da doença. Para minimizar as dores o ideal é usar a ergonomia na direção veicular, fazendo os devidos ajustes posturais. "Os pedais não devem ser muito verticalizados, o câmbio deve ser acessado sem movimento do tronco", atesta o médico de tráfego e do trabalho Dirceu Alves. Nos casos de distúrbio do sono, há ainda os que recorrem ao "rebite", comprimido à base de anfetamina, substância originalmente usada para emagrecer. Entretanto, é importante que esses profissionais tenham consciência de que, ao perceberem os sintomas, devem procurar, assim que possível, um especialista.
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